Pamonha Doce: O Sabor da Saudade nas Festas Juninas do Nordeste

Tem gosto que a gente não esquece. E no mês de junho, no Nordeste, esse gosto tem nome: pamonha doce.

Nas festas juninas, ela não é só comida. Ela é memória. É ritual. É afeto embrulhado em palha de milho. Quando o milho brota no roçado, a vó já começa a separar as espigas mais bonitas. Porque tem coisa que só se faz com carinho — e a pamonha é uma delas.

Junho chega, e o céu se enche de bandeirinhas. As crianças correm de rosto pintado, a sanfona chora no salão e a cozinha vira o centro do mundo. E ali, no fogão, vai se preparando a pamonha — doce, cremosa, com aquele cheiro que abraça.

Receita de Pamonha Doce Nordestina

Essa é daquelas que não precisa inventar moda. Só precisa de tempo, milho e amor.

Ingredientes:

  • 10 espigas de milho verde
  • 1 xícara de açúcar (ajuste conforme seu gosto por doce)
  • 1 xícara de leite de coco (quanto mais fresco, melhor)
  • 1 pitada de sal (pra realçar o doce, confia!)
  • 1 colher de sopa de manteiga derretida (opcional, mas dá um brilho lindo)
  • Palhas de milho (lavadas e aferventadas, pra fazer os envelopes)

Modo de preparo:

  1. Rale o milho (ou bata os grãos no liquidificador com um pouquinho de leite de coco até formar uma massa fina).
  2. Misture o restante do leite de coco, o açúcar, o sal e a manteiga derretida.
  3. Mexa até tudo ficar bem homogêneo. O ponto é cremoso, nem ralo demais, nem muito grosso.
  4. Encha as palhas de milho com essa mistura e dobre, formando pequenos pacotinhos (amarre com tiras da própria palha ou barbante).
  5. Cozinhe em água fervente por cerca de 1 hora. Quando a palha mudar de cor e ficar firme, tá pronta!

Dica de ouro: Sirva morna com um cafezinho passado na hora. Vai por mim… é abraço de vó em forma de comida.

Mais que um doce, um símbolo

A pamonha doce é a alma das festas juninas. Ela representa a simplicidade e a riqueza do nosso interior. A tradição de fazer pamonha junta a família, ocupa o tempo com algo que alimenta não só o corpo, mas a história.

No Nordeste, não existe São João sem pamonha. É como um pedaço da nossa terra dentro da gente. E cada pamonha feita é um lembrete: o tempo pode passar, mas o que é feito com afeto nunca se perde.

Então, se você ainda não fez sua pamonha esse ano, corre que ainda dá tempo. Compre milho fresco na feira, pegue uma panela grande, coloque música boa e convide alguém pra dividir o processo. Porque pamonha boa é aquela feita com presença.

E se fizer, me mostra lá no Instagram! Marca @frankmenezesoficial que eu quero ver teu São João ganhando gosto e lembrança.

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