Hoje esse texto nasce de um lugar muito particular. Estou escrevendo aqui do hospital, ao lado da minha esposa internada. Entre sons de monitores, enfermeiros entrando e saindo, me veio a necessidade de não deixar passar essa mensagem. Porque às vezes, mesmo nos momentos mais difíceis, o chamado interior para compartilhar é mais forte.
E o tema que me atravessou essa semana foi a dúvida. Mais especificamente: a dúvida da nossa capacidade de manifestar.
Quantas vezes você já soube o que queria, tinha a habilidade, sentia o desejo… mas parou no meio do caminho porque alguém duvidou por você? Porque você entregou sua autoconfiança nas mãos de outra pessoa? Às vezes um amigo, um parente, um parceiro. E essa pessoa com os medos dela, os traumas dela minou a sua coragem.
É como se você estivesse à beira de um salto importante e alguém ao lado dissesse: “Eu não acho uma boa ideia”. E você, no lugar de ouvir sua alma, escutou esse eco externo. E recuou.
Muita gente desiste de sonhos porque espera validação. Espera que alguém diga: “Vai dar certo”. Mas nem sempre esse alguém vem. E a verdade é que a sua jornada é sua. O seu caminho é intransferível.
Claro que pedir conselhos é importante. Ter um ombro, um olhar de fora, pode ajudar. Mas tem um limite. Lembro de uma cena simbólica: na Via Sacra, Jesus carrega sua cruz, e em certo momento João ajuda. Mas depois devolve: “Essa cruz é sua”. Ou seja, o apoio pode existir, mas a responsabilidade é sempre pessoal.
Quando você terceiriza a sua decisão, você entrega também o seu poder. E quando as coisas não dão certo, talvez você culpe o outro por algo que, no fundo, era responsabilidade sua. Não é sobre carregar tudo sozinho, mas sobre assumir sua parte com maturidade emocional e espiritual.
Se tem algo que aprendi nesses anos como comunicador, terapeuta e ser humano em busca de evolução, é que a manifestação começa com um passo: decidir por si. Mesmo com medo, mesmo sem garantia de resultado. Porque mais frustrante do que tentar e errar, é não tentar e passar a vida imaginando “e se?”.
Se você está lendo isso agora, talvez esse seja o seu chamado para virar a chave. A vida não espera. E nem sempre o cenário estará perfeito. Então, faça do jeito que dá. Com o que você tem. Onde você está. Porque a manifestação não exige perfeição, exige ação com consciência.
Se alguém duvidar da sua capacidade, lembre: esse alguém pode ser até importante na sua vida, mas não é você. E só você vai saber, no íntimo, o que pulsa aí dentro querendo ganhar forma no mundo.
Eu falo mais sobre isso no meu livro Magia da Gratidão, onde ensino como o mergulho no nosso eu mais profundo pode nos ajudar a desbloquear a nossa tríade mente, emoção e espírito para que a manifestação se torne possível, real e transformadora.
E mesmo que o resultado não seja exatamente como o esperado, o caminho te transformará. E essa transformação é, por si só, uma das maiores manifestações que podemos viver.
Então eu te pergunto:
Você já deixou de fazer algo por medo ou por influência de alguém?
Já duvidou da sua capacidade a ponto de engavetar um sonho?
E lembre-se: o primeiro passo para manifestar algo grande é acreditar que você pode.