Segundo a neurociência, este é um dos piores hábitos para o seu bem estar
Reclamar pode parecer uma maneira inofensiva de lidar com frustrações cotidianas, mas estudos da neurociência indicam que esse hábito repetitivo pode causar danos significativos ao cérebro. Embora expressar descontentamento ocasionalmente seja uma parte natural da vida, a reclamação crônica pode impactar negativamente a saúde mental, emocional e até física.
O Impacto das Reclamações no Cérebro
Pesquisadores têm demonstrado que o hábito de reclamar altera a estrutura cerebral de maneira prejudicial. Segundo o neurocientista Rick Hanson, autor de Hardwiring Happiness, o cérebro humano é altamente plástico, o que significa que ele se adapta e muda com base em nossos pensamentos e comportamentos. Esse fenômeno, conhecido como neuroplasticidade, explica como o ato de reclamar pode reforçar circuitos cerebrais negativos.
A cada vez que reclamamos, fortalecemos conexões neurais associadas a emoções negativas. Isso ocorre porque os neurônios que “disparam juntos, conectam-se juntos” (neurons that fire together, wire together). Assim, quanto mais nos concentramos em problemas ou dificuldades, mais o cérebro tende a buscar e se fixar em aspectos negativos da vida.
Efeitos Físicos e Químicos
Além da neuroplasticidade, o ato de reclamar ativa a liberação de cortisol, conhecido como o hormônio do estresse. Pesquisas da Universidade de Stanford mostraram que níveis elevados e prolongados de cortisol podem:
- Reduzir o tamanho do hipocampo, uma área vital para a memória e o aprendizado.
- Enfraquecer o sistema imunológico, tornando o corpo mais suscetível a doenças.
- Aumentar o risco de depressão, ansiedade e outros transtornos mentais.
Esses efeitos são exacerbados quando passamos muito tempo em ambientes repletos de negatividade ou em contato com pessoas que também têm o hábito de reclamar.
Como o Ambiente Pode Influenciar
Um estudo publicado no Journal of Personality and Social Psychology indicou que a exposição frequente a negatividade, incluindo reclamações de terceiros, pode levar a uma espécie de “contaminação emocional”. Isso ocorre porque o cérebro humano tem a capacidade de espelhar as emoções de outras pessoas, um fenômeno ligado aos neurônios-espelho. Assim, estar perto de pessoas que reclamam constantemente pode criar um ciclo vicioso de negatividade.
Quebrando o Ciclo da Reclamação
A boa notícia é que o cérebro também pode ser treinado para focar no positivo, revertendo os efeitos da reclamação crônica. Estratégias como a prática da gratidão, meditação e reestruturação cognitiva são amplamente recomendadas por especialistas em neurociência e psicologia.
Eu fiz um copilado de práticas diárias com 21 dias transformador utilizando práticas da Gratidão vou disponibilizar no link abaixo mais detalhes para que você possa conhecer:
- Gratidão: Estudos mostram que escrever diariamente três coisas pelas quais você é grato pode mudar a perspectiva mental e reforçar circuitos cerebrais associados à positividade.
- Meditação: A prática regular de meditação ajuda a reduzir os níveis de cortisol e a aumentar a conectividade entre as áreas cerebrais responsáveis pela regulação emocional.
- Reestruturação Cognitiva: Essa técnica terapêutica envolve identificar pensamentos negativos e substituí-los por interpretações mais construtivas, ajudando a quebrar o ciclo de reclamações.
O hábito de reclamar não apenas influencia nosso humor, mas também causa mudanças profundas e prejudiciais no cérebro. Entender esses mecanismos é o primeiro passo para adotar um estilo de vida mais saudável e positivo. A neurociência mostra que, ao substituir reclamações por práticas como gratidão e meditação, é possível reconfigurar o cérebro para um estado mais equilibrado e resiliente.